Um domingo qualquer

Mais um domingo qualquer em busca de alguma coisa que não tem muita explicação.

Pelo menos, não daquelas explicações que vc pronuncia e esparge um sopro de convencimento geral.

Texto e Imagens: Tulio Bambino

Jogo mal, meu scout é de time rebaixado e mesmo assim eu apareço, ponho a cara e as pedradas caem sem pena.

O dadinho é um jogo de estrutura fina e se a cabeça não segura vc fica míope e dificilmente vê as cores de uma possível vitória.

Tudo importa e para o cara que está de faixa azul esforçado tudo complica. O toque fica curto, o dado para melado ou cola no segundo toque. Vc toma um gol e erra a saída. O segundo e outra saída. Prepara uma bela diagonal de quina e mais uma bola fora. A salmonela instalada na maionese agora se multiplica exponencialmente. É hora de se acalmar para o couro da cuíca não esgarçar e a derrota virar dor maior q a necessária.

Alguns momentos da III etapa do Circuito Aberto do Tijuca Tenis Clube, para saber mais procure no blog do TTC ou no repositório geral de notícias ligados ao Futebol de Botão  Futmesa Rio.

Apesar de tudo isso o jogo vicia e faz esse grupo diferente se reunir em um domingo qualquer para competir, se odiar em silencio, trocar elogios, distribuir troféus. e no fim estancar tudo em um aperto de mãos no final de 14 minutos.

Agradeço a oportunidade de jogar com essa rapaziada do America e de outras agremiações, mudam as cores mas as caras começam a se repetir e a camaradagem a se solidificar.  Sou um cara de sorte por poder ver uma confraria de pessoas tão diferentes que por algumas horas viajam juntas num jogo de mesa analógico num mundo tão digital, individualista e isolacionista.

Até quando vou estar por aí? Não importa sempre haverá um domingo qualquer para eu ir lá palhetar ou pelo menos fazer umas fotos e jogar uma conversa fora.