Antonio Vargas |
Observamos
o seguinte fenômeno: ao errar o gol, o atleta atribui uma série de
fatores como justificativa: mesa, dadinho, bainha e altura do botão,
sorte/azar, calor, frio e etc.
Embora saibamos que as
questões de materiais esportivos ás vezes possam influir nos
resultados, é de se notar a baixa capacidade adaptativa do
atleta ao equipamento e que não há uma padronização no que se refere
a materiais a serem utilizados.
Por exemplo, podemos observar que não
há um fornecedor único de traves, mesas e dados para clubes e
federações todos esses materiais básicos obrigatórios para a
realização dos jogos e torneios. Além disso, precisa-se melhorar o
processo de fiscalização, regras e controle de qualidade para todas
as variáveis que fazem parte da pratica do futebol de mesa.
Entretanto,
as pessoas ainda não conseguem ver o futebol de mesa como uma
prática de esporte de alto rendimento. Mesmo assim cobram-se alta
perfomance
o que torna-se um paradoxo. Para tal, o treinamento de habilidades
motoras específicas e mental fazem-se necessárias para alcançar as
metas desejadas.
Em primeiro lugar, os atletas precisam ter o conhecimento prévio da
regra e, para tal indica-se estudá-la. Por exemplo, na modalidade
dadinho, atleta tem até 6 segundos para efetuar o chute. Pergunto:
quantos de vocês fazem isso? Quantos atletas preocupam-se em
atentar-se ao movimento realizado com as mãos na execução com o
chute e, atentar-se ao alvo a ser atingido? Muitas das vezes
motivados pela ansiedade de virar um placar adverso e por estarem na
adrenalina do jogo e desejarem liquidar a fatura, atletas perdem a
concentração. 90% dos atletas não utilizam desse tempo que poderá
precioso para o êxito. Os que demoram mais que 4 segundos são
acusados de fazer
cera ou
catimbando
o jogo. Contudo, todos nós sabemos que não utilizar esse tempo é
aumentar a possibilidade de fracasso.
O atleta tem o direito de usar
o que está escrito na regra para praticar o esporte de forma
adequada e eficaz. As variáveis emocionais e humor do atleta são
determinantes para o êxito e/ou fracasso da tarefa. Na minha visão
profissional é a variável que mais interfere na qualidade
psicomotora do movimento.
Segundo
ponto importante é que a única na tarefa em questão é a qualidade
do movimento da palheta sobre o botão, tendo em vista que o alvo
(gol) e obstáculos (goleiro) são parados e que vaiáveis ambientais
(vento, luz e som) não interferem no processo por ser um esporte de
salão. Para a aquisição destas habilidades requer treinamento.
Confunde-se carga horária de treinamento com qualidade de
treinamento.
Portanto a concentração é
uma arma fundamental para um melhor aprendizado nas sessões de
treinamento, tanto nos treinamentos específicos quanto nos jogos
treinos.
Sem mais a acrescentar por
hora, agradeço a oportunidade de compartilhar um pouco dos
conhecimentos adquiridos na minha profissão com os praticantes do
futebol de mesa.
Antonio Vargas
Excelente matéria! Tulio sempre caprichando nos posts. Gde abraço!
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